sexta-feira, 11 de maio de 2007

Clara responde

Hoje, na rádio evangélica, programa de perguntas e respostas.

Ouvinte Glória Dias:
Pastor, sou mãe de uma menina de 14 anos. Não quero ser uma mãe ultrapassada, deixo ela usar mini-saia e tal, mas certas coisas me deixam de cabelo em pé. Imagina que minha filha inventou de ficar. Beija um, beija outro, rebeija o um, já pensando no terceiro que está chegando. Ó céus! Outro dia minha filha me disse que estava ficando com o Robertinho. Pensei: ai, que bom, Robertinho é rapaz direito, trabalhador, frequenta a Igreja. Mas não é que no mesmo dia vi o garoto na porta da Igreja beijando outra menina? Antes da reza até perguntei: Roberto, você não está com minha filha? E ele: Não, tia, tô só ficando. Me diga pastor, me diga: ficar é uma forma de se prostituir?


Resposta do Pastor Osvaldo:
Cordeira de Deus, ficar não é uma forma de se prostituir. Você tem que ser mais tolerante com essa juventude. Eles estão experimentando, testando os limites dos adultos. Converse mais com sua filha, mas tenha certeza de que ela não é uma alma condenada. Interprete o ficar como uma busca pelo verdadeiro e justo amor divino. Só não deixe que ela busque demais, senão ganha fama na vizinhança. A propósito, sua voz é muito bonita. Que paróquia mesmo você frequenta?


Minha resposta:
Ficar é se prostituir, veja bem: outro dia vi umas notícias e fiquei muito nervosa. Uma pessoa também pode se prostituir muito nervosa. Fiquei pensando no que será das crianças de rua. Uma pessoa também pode se prostituir pensando no que será das crianças de rua. Depois fiquei com fome. Já soube de pessoas que se prostituíram com fome. Ficar e prostituir-se, amiga, são termos correlatos. Tome cuidado.

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