quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ontem eu tive a conta fraudada. Lembrei de você. Achei que merecia um presente por ter ficado calma e não ter berrado com a atendente do telemarketing e não ter esmurrado a minha gerente. Me presenteei com um café com bolo de laranja, e você me acompanhou. Acho que gostou do bolo, você, que também prefere os doces de frutas. Lembrei das pequenas coincidências. Lembrei das frutas. Dei um jeito de pagar a conta bancária que estava devendo, mesmo com toda a problemática da fraude, e achei que você riria da minha incapacidade burocrática. Mais tarde, já estava em casa e fazia algum frio, vi mais um daqueles vídeos sobre como aprender a tocar violão. Aprendi alguns acordes. Não sei dedilhar. Lembrei que você toca há tanto tempo, e nunca te perguntei como faz, e deveria perguntar agora que estou envolvida com isso, mas agora já não dá mais, eu tenho vergonha de ligar, eu tenho vergonha de mandar mensagem, eu só penso, só penso, nao faço nada. Aí sobrou cachorro-quente aqui em casa, da festa que fizemos, comi e ainda estava gostoso, fica melhor depois de dormido. Fiz uma to- do-list para me achar atarefada. Quando a tarefa que cumpro, há dias, a única, é esperar um apito vindo de qualquer um dos aparatos telefônicos que me cercam. Inveja dos tempos do sinal de fumaça, que vinham devagar e nebulosos.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A gente dormia achando que o dia seguinte não era amanhã, e sim o futuro.
Isso disse o Bertulocci no vídeo que acabei de ver.
Acho que hoje acordei assim.