segunda-feira, 30 de julho de 2007

Rani, o siri

Essa é a história do siri que se apaixonou por uma elefanta.

Como muitos siris, Rani estava na praia, cumprindo com seu ofício de sirizar. Rani sirizava seriamente, prum lado e pro outro, os olhinhos pra lá e pra cá. Se dava bem como todo mundo, tanto com os bem-te-vis quanto com os girinos. Era o rei da areia! Dizem até que Pequena, a sereia, tinha uma certa quedinha por Rani.

Eis que um dia, pou, pou, a terra tremia como jamais tremeu. Rani arregalou os olhinhos: são elefantes! E todos se esconderam onde puderam. Menos ele. Siri que é siri só se esconde se estiver sirizando, não por medo de uns elefantinhos. O chão trepidava cada vez mais, e Rani começou a pensar em se esconder.

Até que viu Samanta, a elefanta.

O coração de Rani bateu forte. Era a primeira vez que via tão elegante criatura. Quanta classe, quanta ternura! Aprumou-se todo quando viu que Samanta aproximava-se.
O cemitério de elefantes é aqui?, perguntou a elefanta.
Depois do precipício, a segunda à esquerda, respondeu Rani, muito cortês.
Depois do prepício? Eu tenho medo!
Não tem problema, eu te acompanho.

Daí eles foram conversando por todo o caminho, até chegar no cemitério. Quando se despediram, Rani não se conteve, e declarou todo seu amor. Samanta, minha elefanta, você em nada me espanta! Você em meu coração manda! E não é que Samanta respondeu? Rani, meu siri, não quero mais sair daqui! Sem você não posso ir! E os dois beijaram-se longamente.

(Como foi o beijo? Eu vi, mas não posso contar. Assim vocês imaginam e o beijo fica ainda mais bonito! Beijo de elefanta com siri.)

Um comentário:

aqui disse...

Quero um livro sobre o Rani!