domingo, 21 de outubro de 2007

o quadro-negro

De tanto ser rabiscado e apagado, rabiscado e apagado,
o quadro-negro, quem diria, acabou tomando conhecimento. Ficou sabido que só.
Sabia ciências, história, literatura, geografia, e até o significado da palavra mastectomia.
O quadro-negro também sabia fazer declarações de amor e xingar o professor.
Um dia, do alto dos seus pensamentos de quadro, ele reparou: que sala de aula mais vazia!


(termino depois. hoje é domingo, que preguiça.)

Um comentário:

Gabriela disse...

O quadro-branco, irmão mais novo do quadro-negro, também é bastante sabido. Mas faz questão de mostrar isso a todos, o tempo todo. Não é o tipo de cara que fica zanzando pelos cantos apagado. Fica lá exibindo seus conhecimentos de marketing, história da arte e difração. Tudo ao mesmo tempo. E faz questão deixar claro que suas salas ficam cheias, bem diferentes das do velho quadro-afro-descendente.

(Continuei agora. Em homenagem ao Veríssimo de domingo.)