quarta-feira, 13 de maio de 2009

Abrir a água, esperar aquecer, testar.
Pulso, nuca.
Sabonete, braços, perna, tronco. Shampoo, vou comprar um novo desse, que cheiro ótimo, esponja, espuma, um pedacinho de uma música, ai esse Djavan, essa mala não me sai da cabeça. Sabonetinho do rosto número um, testa, maçã do rosto, meu queixo anda oleoso, será que essa idéia que tive pro episódio vale a pena mesmo? Sabonetinho do rosto número dois, toalha, creminhos.

Abrir a água, esperar aquecer, testar.
Saco plástico.
Banquinho.
Po, quem tirou o raio do banquinho daqui? Não, claro que eu não tava fazendo experimentos, traz de volta por favor. Ajeitar o saquinho, ver se entra água, colocar o pé no banquinho. Sabonete. Esponja. Braços, tronco, perna. Não, perna não. Muito difícil, deixa sujo. Ninguém vai reparar em uma perna suja. Pé. Não, muito longe, pé vive no chão mesmo, e no outono eu coloco sapato fechado. Como é a música-grude do Djavan? Não tá vindo, não tá vindo. Shampoo. Putz, vou ter que virar pra pegar. Se virar, posso torcer meu outro pé. Ok, sabonete no cabelo, shampoo pra quê?, shampoo é coisa de burguês, aliás eu devia escrever xampu, viva a cultura nacional. Mãos lavando o cabelo. Nem tanto, olha que desliza. Ops. Dessa vez foi quase. Sabonetinho do rosto. Ai. Deixei do lado de fora na última vez que tirei a maquiagem. Alguém pode por favor pegar o sabonete pro rosto? Algué-ém! Obrigada. Pronto. Não uso mais maquiagem, coisa de burguês, sou uma intelectual marxista. Tirar o pé do banquinho, tirar o saquinho, toalha. Curativo molhado. Cacilda. Se essa meleca molha e deforma e entorta o meu dedão. Se. Creminhos. Não, creme nenhum, eu não preciso de pele sedosa, preciso de um dedão. E da próxima vez, banho de gato.

Um comentário:

C. Meirelles disse...

aaaaah banhos são mesmo complicados, sem um dedo então.. :x