sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Aqui nessa cidade existem fiambrerias, lojas que vendem queijos, presuntos e afins. Coisa rara no Rio, em que os mercados há tempos reúnem o que antes se dissipava em pequenos açougues de bairro, delis, armazéns.
Ontem, eu estava na vitrine de uma fiambreria, exposta junto com nacos de carne, pedaços de queijos, umas linguiças.
Um cliente se aproximou. O vendedor, no balcão, colocou ordem na fila e atendeu o sujeito - que bem podia ser uma mulher, não lembro bem, não havia ângulo para ver e o barulho dentro da vitrine é grande. Eu estava ali, quieta, no meu papel de Clara-presunto, as pernas nuas, os pés descalços. O vendedor ligou a máquina de corte e abriu a porta da vitrine.
Eu não sabia o que o cliente havia pedido.
Então acordei.

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