Fiquei sabendo dia desses que, naqueles tempos, eles prenderam muitos inocentes apenas porque tinham na agenda o telefone de alguém do movimento contra a ordem. Bastava ter o o rascunho de um contato para também ser considerado anti-sistema. Fiquei preocupada, Não estou podendo ser presa por esses dias. Mês que vem, quem sabe, cabe melhor no meu cronograma.
Daí fui olhar a minha agenda. Entre meus amigos auto-intitulados revolucionários, lembrei de um acadêmico, que quer revolucionar as bases dos paradigmas dos estudos teóricos em comunicação. É, não oferece muito perigo. Uma outra que se proclama revolucionária diz que vai subverter a ordem da moda ao pintar as unhas dos pés de uma cor e as da mão de outra. Não me pareceu muito subversor. Finalmente lembrei do mais radicalzão dos amigos revolucionários, um cara que não come carne, nem nada que derive de animal, e que nas últimas férias foi plantar algodão em Cuba. Lembrei da figura, o mega-radical não mata nem um pernilongo. Fechei minha agenda telefônica na certeza de que não seria presa. A perseguição pelos subvertidos não me alcançaria. E fui dormir em paz. Mais ou menos em paz.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
agenda de revolucionários
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