Duas preocupações me acompanharam essa semana: primeiro, o artigo que escrevi para um congresso. Segundo, a avó que vou ser.
Quanto ao artigo, me sinto muito mal. Quanto à avó que vou ser, me sinto pior ainda.
Eu não sei fazer quitutes de avó. Não uso óculos redondos. Não prendo os cabelos com grampos. Não tenho vocação para ser gordinha com buzanfinha. Claro que a avó que estou imaginando é a Dona Benta e ela quase não existe mais. Mas, puxa, será que vou ser uma avó de mega-hair, que usa tonificantes para a pele não perder a tez macia, que faz jogging e que reclama de falta de tempo? Quero que os meus netos entrem na minha casa sem saber que a dimensão tempo existe. Que procurem os potes de doce e que me peçam chiclete - vou ter que me controlar pra não dizer que dá cárie.
Tudo bem, vá lá, algumas coisas de avó eu sei fazer. Cato piolhos muito bem , estouro lêndeas como ninguém, e conto histórias boas. Muitas boas histórias. Bons artigos? Ainda não. Será que vou querer contar pros meus netos os artigos que escrevi? Por Júpiter.
Cruzes. Que loucura essa vida. Ainda bem que falta tempo. Até lá, aprendo a ser avó muito bem. E, quem sabe, a escrever artigos.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
tormenta da semana
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2 comentários:
a maria clara machado, aposto, não sabia fazer quitutes. se soubesse, não teria inventado os pastéis, "feitos com o melhor do vento sudoeste". isso é coisa de quem não sabe cozinhar.
mas ela contava umas histórias bem boas. e aposto que muitas crianças se sentiram netas dela, não é?
quero que meus netos leiam muitas histórias de ovelhas.
Muitas histórias de ovelhas que fazem méé e mêê.
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